segunda-feira, 4 de abril de 2016

SAUDADE!!!



Àquela que deita ao meu lado, se aconchega, num aperto 
me envolve num abraço de socorro, e que num consumismo 
desenfreado pela vida me faz gastar mais do que eu tenho, 
mais do que eu posso com outros “alguéns”. O moço ao ficar lá, 
do outro lado da linha, num aceno de adeus; velhos amigos, 
ombros em que pude me apoiar um dia, olhos que já não vejo… 
e até mesmo aquele sorvete de chocolate, daquela sorveteria 
ao lado de casa que já não encontro mais, faliu.
Ah! A saudade, que em momentos de distração me pega a mão 
e anda comigo entrelaçando os dedos como se fôssemos melhores amigas, 
que se viesse em tubos, poderia causar aos solitários e vazios a mais 
intensa sensação de viver e que seria para os contentes… terror, 
que faria com que evitassem sequer olhar sua embalagem, com medo 
de que um dia tivessem de fato prová-la. Uma tablatura não terminada, 
um roteiro sem fim, o último copo da garrafa de vinho, 
um tênis seco com meias molhadas, a última porta 
de cinco delas que não pode ser aberta

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