“O ataque é esse, te acertam em cheio e em seguida
você sente aquela pressão no peito até sangrar.
E um enorme bloco de concreto despenca do céu em
direção ao seu cérebro, os pensamentos ficam espalhados
no acostamento e os sentimentos escapam em meio à poeira
da derrapagem. Você fica lá estirado no asfalto, todo torto,
arrebentado, até que uma boa alma ofereça uma mãozinha
pra se levantar, e mesmo em estado de choque você chora,
chora de raiva, de saudade, de desespero, de culpa por
ter acreditado tanto e ter permanecido no alvo,
mesmo sabendo do perigo.”
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